A custo zero – melhores jogadores livres das ligas russa e ucraniana
Foi decretado pela UEFA que os estrangeiros a jogar em equipas ucranianas e russas têm até dia 7 de Abril para serem inscritos por outra equipa, até ao final da temporada, onde o conflito será reavaliado.
Muita tinta ainda vai correr sobre o assunto, sobre se os clubes vão aceitar a partida dos jogadores (principalmente os russos), se vai ser possível contactar os dirigentes ucranianos, mergulhados no meio de uma guerra, etc. Pondo de parte as questões morais, que não me cabem a mim responder sobre a justiça de os clubes perderem estes jogadores, vamos ver aqui quem são os jogadores estrangeiros mais interessantes nestas duas ligas e potenciais clubes onde encaixariam.
Um pré-aviso para evitar surpresas… são quase todos brasileiros e muitos deles são do Shakhtar.
Manor Salomon (israelita – Shakhtar Donetsk)
Rápido e forte no um para um, o israelita é um dos maiores talentos da liga ucraniana, jogando habitualmente no corredor esquerdo do Shakthar, puxando para o pé direito. Com potencial para vir a ser um jogador de topo, foi já observado pelo Arsenal e poderia ser uma opção muito útil para Mikel Arteta.
Pedrinho (brasileiro – Shakthar Donetsk)
Depois de um ano de Jorge Jesus, vai parar ao meio de uma guerra! O extremo brasileiro, mostrou pormenores interessantes na Luz, mas nunca o suficiente para conquistar o lugar e acabou vendido ao Shakthar, onde marcou 3 e assistiu 2 em 11 jogos. Foi associado ao Porto, mas o mais certo parece ser um regresso ao Brasil para se redescobrir enquanto jogador.
Tetê (brasileiro – Shakthar Donetsk)
O extremo/segundo avançado tem sido uma das estrelas no Shakthar, levando 9 golos e 1 assistência em 17 jogos pela formação ucraniana, parecendo pronto a dar o salto para uma liga mais competitiva. O Leicester ou o Nápoles podiam ser boas opções para o brasileiro.
David Neres (brasileiro – Shakthar Donetsk)
Fez parte, até há bem pouco tempo, dos quadros do Ajax, sendo considerado uma das principais promessas da turma de Amesterdão. Acabou por não ter a explosão esperada e rumou ao Shakhtar onde não se chegou a estrear. Extremo canhoto, a jogar pela direita e com facilidade a chegar a zonas de finalização, ainda vai a tempo de se destacar. Fala-se de um regresso ao Brasil, mas uma ida para o futebol espanhol poderia ser benéfica para o extremo, com o Valência ou o Bétis a poderem ser opções interessantes.
Wendel (brasileiro – Zenit S. Petersburgo)
O médio centro ex-Sporting levava já 4 golos esta época. Bom defensivamente e forte na condução e distribuição de bola, Wendel tem uma série de características que podiam ser úteis a vários clubes, como o Leeds United, o Newcastle ou até o Borussia Dortmund, todos a precisar de reforços para o miolo.
Claudinho (brasileiro – Zenit S. Petersburgo)
Na senda dos grandes nº10 brasileiros, Claudinho veio de uma época incrível no Red Bull Bragantino, com 18 golos na Serie A brasileira. Pelo Zenit levava 9 golos e 4 assistências em 22 jogos, incluindo 2 golos na Liga dos Campeões. Com apenas 24 anos, vai ainda muito a tempo de se tornar um caso sério, com um regresso ao grupo Red Bull em cima da mesa (para o Leipzig).
Malcolm (brasileiro – Zenit S. Petersburgo)
Uma época espetacular em Bordéus levou a que o Barcelona tivesse investido 45 milhões de euros na sua contratação em 2018, despachando-o um ano depois por um valor semelhante para o Zenit, após uma época muito abaixo das expectativas. Com 12 golos e 14 assistências em 65 jogos pelo Zenit, o extremo brasileiro parece ainda não ter recuperado a forma, mas com a orientação certa, aquele pé esquerdo pode voltar a ser um caso sério.
Jordan Larsson (sueco – Spartak Moscovo)
Filho do lendário Henrik Larson, Jordan pode não ter a veia goleadora do pai, até porque joga mais na ala do que no centro do ataque, mas não deixa de ter faro de golo e de ser um jogador entusiasmante. Com 15 golos a época passada (zero, no entanto, esta época), vai ainda muito a tempo de fazer a diferença para alguns clubes este ano, podendo encaixar muito bem no esquema de jogo do Leicester, do Watford ou do Olympique Lyon.
Victor Moses (nigeriano – Spartak Moscovo)
Há uns anos, parecia um extremo condenado ao esquecimento, até António Conte o transformar num ala direito, que segurava o corredor direito do um Chelsea que acabaria por se tornar campeão inglês e trazer a moda dos três centrais para Inglaterra. Aos 30 anos, já não tem o pulmão de antigamente, mas com o antigo técnico agora no Tottenham a precisar de um ala direito, pode ter aqui uma oportunidade de ouro para voltar à ribalta.
Gyrano Kerk (holandês – Lokomotiv Moscovo)
O extremo adaptado a avançado, é um autêntico míssil quando arranca com a bola, sendo um desequilibrador nato e muito frio no um para um com o guarda-redes. Foi fortemente associado ao Leeds no verão passado, onde a falta de uma opção ao lesionado Patrick Bamford pode fazer reacender o interesse.