A entrada para o milénio significaria para o continente africano, novos desafios, uma transição diferente, a paz e a tranquilidade iriam tomar lugar em vários dos países onde outrora se vislumbraram conflitos, como na Serra Leoa, na República Democrática do Congo ou na Libéria.
As guerras civis também iriam diminuir, e perante este clima dar-se-ia o surgimento da 22.º edição do CAN, desta vez realizada pela Nigéria e pelo Gana numa candidatura conjunta, a primeira que ocorreria na história da competição. Porém, seria a segunda vez que a Nigéria receberia o CAN, desde 1980, e a terceira para o Gana, desde 1963 e 1978. O modelo do torneio manter-se-ia tal como na edição anterior, com 16 equipas divididas em quatro grupos de quatro.
Juntar-se-iam aos anfitriões, Gana e Nigéria, o campeão, Egipto, a África do Sul, o Burkina Faso, a Argélia, os Camarões, a República Democrática do Congo, o Togo, a Tunísia, a Zâmbia, a selecção de Marrocos, a Costa do Marfim, e ainda os regressados, Gabão, de fora desde 1996, Senegal, de fora desde 1994, a República do Congo, de fora desde 1992.
No grupo A, Camarões, Gana, Costa do Marfim e Togo, terminariam com igualdade pontual, quatro, mas o diferencial de golos daria vantagem aos camaroneses e aos ganeses, portanto estes seguiriam para a ronda seguinte.
No grupo B, a África do Sul ficaria em primeiro lugar, com sete pontos, enquanto a Argélia seguiria para a ronda seguinte com cinco pontos.
No grupo C, o Egipto acabaria com nove pontos, enquanto o Senegal com quatro pontos.
No grupo D, a Nigéria seria líder com sete pontos, já a Tunísia passaria com quatro pontos, os mesmos que Marrocos que ficaria para trás devido ao diferencial de golos.
Nos quartos de final, os Camarões venceriam por 2-1 sobre a Argélia, o Egipto perderia com a Tunísia por 0-1, a África do Sul ganharia ao Gana por 1-0, e a Nigéria eliminaria o Senegal por 2-1, depois do prolongamento.
Nas meias-finais, os Leões Indomáveis superariam as Águias de Cartago por 3-0, e as Super Eagles sairia por cima do duelo com os Bafana Bafana por 2-0.
No jogo pelo terceiro lugar, a Tunísia empataria com a África do Sul por 2-2 no tempo regulamentar, mas nas grandes penalidades a vitória favoreceria aos sul-africanos.
A final seria entre os dois gigantes africanos, Camarões e Nigéria, reeditando o confronto que ocorrera em 1984, naquela altura representativo da primeira conquista dos Leões Indomáveis por 3-1, mas também da final de 1988, noutro triunfo por 1-0, representativo do segundo título, contudo, o último desafio entre ambos favoreceria aos Super Eagles por 2-1, no jogo de terceiro lugar, em 1992.
Desta vez, os anfitriões cairiam nos penáltis, depois de um empate por 2-2, com os camaroneses a vencer por 3-4, após a conversão por parte do ex-defesa do Liverpool, Rigobert Song.
Mas o momento mais polémico pertenceria ao penálti do jogador nigeriano, Victor Ikpeba, que levaria os adeptos dos Super Eagles a perder as estribeiras, uma vez que a bola tinha transposto a linha de golo, mas na época o árbitro consideraria que não, por conseguinte, aconteceriam cenas violentas com uma invasão por parte dos fãs nas bancadas, resolvida com uma carga de porrada por parte das forças de segurança e gás lacrimogéneo, instalando-se assim a confusão e o caos.
Como esta seria a terceira conquista dos camaroneses desde que a Taça da Unidade Africana foi introduzida em 1980, os Leões Indomáveis teriam o direito a ficar com o troféu de forma permanente, tal como já havia acontecido com o Gana com o outro troféu, o Abdel Aziz Abdallah Salem, depois de terem sido a primeira nação a ganhar três vezes a competição.
O artilheiro máximo da prova seria o sul-africano, Shaun Bartlett com cinco golos.
O melhor jogador do torneio seria atribuído ao ex-defensor do Arsenal, Lauren.
A equipa do CAN seria composta pelo GR, do Egipto, Nader El-Sayed, pelos defesas, do Senegal, Pape Malick Diop, da Tunísia, Khaled Badra, dos Camarões, Rigobert Song, e do Egipto, Mohamed Emara. Os médios seriam o argelino, Billel Dziri, o camaronês, Lauren, o repetente, Jay-Jay Okocha, e o senegalês, Khalilou Fadiga. E os avançados seriam o futuro melhor marcador de sempre do torneio, dos Camarões, Samuel Eto’o, e o artilheiro máximo da prova, da África do Sul, Shaun Bartlett.
Em 2002, a 23.º edição da competição passaria a ser disputada no Mali, tendo como base o modelo do CAN passado.
Os participantes seriam o Mali, na qualidade de anfitrião, os campeões, Camarões, a Argélia, a Costa do Marfim, o Burkina Faso, a República Democrática do Congo, o Gana, a selecção de Marrocos, o Togo, o Senegal, a África do Sul, a Nigéria, a Tunísia, a Zâmbia, os regressados, Egipto, de fora desde da edição anterior e a Libéria, de fora desde 1996.
Na chave A, Nigéria terminaria em primeiro colocado com sete pontos, com o Mali logo a trás com cinco pontos.
Na chave B, a África do Sul e o Gana teriam igualdade pontual, mas os Bafana Bafana ficariam como líderes com melhor diferencial de golos do que as Black Stars.
Na chave C, os Camarões venceriam o grupo com nove pontos à frente da República Democrática do Congo que passaria com quatro pontos.
Na chave D, o Senegal acabaria com sete pontos, enquanto o Egipto totalizaria seis pontos.
Nos quartos de final, a Nigéria eliminaria o Gana pela margem mínima, o Senegal bateria a República Democrática do Congo por 2-0, os anfitriões passariam às meias-finais com um 2-0 sobre a África do Sul, e os Camarões ganhariam aos Faraós por 1-0.
Nas meias-finais, teríamos um duelo entre Super Eagles e Leões de Teranga, com os Leões a saírem por cima depois do prolongamento, 2-1, resultado final, já os Camarões não teriam dificuldade para avançarem para final ao deixarem para trás os homens da casa por 3-0.
No jogo do terceiro lugar, os nigerianos triunfariam por 1-0 sobre o Mali. E na final, os Leões Indomáveis alcançariam o bicampeonato com outra vitória nas grandes penalidades, desta feita frente aos Leões de Teranga, por 3-2, depois de terem permanecido empatadas a 0-0 no tempo regulamentar.
Este torneio ficaria marcado pelas camisolas utilizadas pelos jogadores dos Camarões lançadas pela Puma, e que tinham como particularidade um design inspirado nas camisolas de basquetebol. Mas também ficaria marcado pelo novo troféu, chamado a Copa das Nações.
Este seria o quarto título na história do conjunto camaronês.
Os melhores marcadores da prova foram os camaroneses, Salomon Olembé, Patrick M’boma, e o nigeriano, Julius Aghahowa, todos eles com três tentos.
Quanto à equipa do CAN, os elementos seriam o GR, do Senegal, Tony Sylva, na defesa, o repetente, dos Camarões, Rigobert Song, o nigeriano, Taribo West, e o seu compatriota, Ifeanyi Udeze, a juntar ao egípcio, Hany Ramzy. Os médios seriam o ex-Barcelona, Seydou Keita, o argelino, Rafik Saifi, um dos artilheiros máximos da prova, Patrick M’Boma, e o sul-africano, Sibusiso Zuma. Os avançados seriam, outro dos melhores marcadores da competição, Julius Aghahowa e o ex-Liverpool, que brilharia no Mundial desse ano, El-Hadji Diouf.
Dois anos depois, a Tunísia receberia a 24.ª edição do CAN, a sua terceira vez a organizar a prova, tal como o havia feito em 1965 e 1994.
Esta competição seria patrocinada pela Nokia, e por isso também ficaria a ser conhecida como 2004 Nokia, African Cup of Nations.
Os participantes seriam, Tunísia, como anfitrião, os campeões, Camarões, a Nigéria, a selecção de Marrocos, o Egipto, o Burkina Faso, o Senegal, a África do Sul, a República Democrática do Congo, o Mali, a Argélia, os regressados, Guiné-Conacri, de fora desde 1998, Quénia, de fora desde 1992, e os estreantes, Ruanda, Benim e Zimbábue.
No grupo A, Tunísia terminaria como líder com sete pontos, à frente de Guiné-Conacri com cinco pontos.
No grupo B, Mali acabaria com sete pontos, já o Senegal teria cinco pontos.
No grupo C, Camarões totalizariam cinco pontos, por sua vez, Argélia faria quatro.
No grupo D, Marrocos seria primeiro colocado com sete pontos, e Nigéria viria atrás com seis pontos.
Nos quartos de final, a Tunísia e a Nigéria eliminariam o Senegal e os Camarões pela margem mínima, enquanto o Mali venceria por 2-1 sobre a Guiné-Conacri e Marrocos 3-1 sobre a Argélia depois do prolongamento.
Nas meias-finais, as Águias de Cartago superariam as Super Eagles por 5-3 nos penáltis, depois de um empate a 1-1 no tempo regulamentar, já os Leões do Atlas bateriam por expressivos 4-0 os malianos.
No jogo pelo terceiro lugar a Nigéria triunfaria por 2-1 sobre o Mali. E na final, a Tunísia chegaria ao primeiro e único título do CAN sobre Marrocos por 2-1.
Os melhores marcadores do torneio seriam, Youssef Mokhtani, de Marrocos, o ex-Sevilha, do Mali, Frédéric Kanouté, o camaronês, Patrick M’boma pelo seguido ano seguido na lista, o nigeriano, Jay-Jay Okocha, e o tunisino, Francileudo Santos.
O jogador mais valioso do CAN seria atribuído ao virtuoso, Jay-Jay Okocha, da Nigéria
Quanto à equipa do CAN, seria formada pelo GR, da Nigéria, Vincent Enyeama, pelos defesas, de Marrocos, Walid Regragui e Abdeslam Ouaddou, por Khaled Badra, da Tunísia e Timothée Atouba dos Camarões. Os médios seriam o argelino, Karim Ziani, o tunisino, Riadh Bouazizi, e o melhor jogador do torneio, o repetente, da Nigéria, Jay-Jay Okocha, seguido do compatriota, John Utaka. Os avançados seriam dois dos melhores marcadores do torneio, o ex-Sevilha, do Mali, Fréderic Kanouté e o tunisino, Francileudo Santos.
A 25.ª edição, que coincidiria com o 50.º aniversário da CAF, seria realizada no Egipto, a quarta vez desde que lá ocorrera, 1959, 1974 e 1986.
O modelo não sofreria qualquer alteração.
Desta vez, o patrocínio seria a MTN.
O campeão pela primeira vez não teria direito à qualificação directa, mesmo assim, a Tunísia, apurar-se-ia, juntando-se a Egipto, a Costa do Marfim, à selecção de Marrocos, a Camarões, à República Democrática do Congo, a Togo, a Zâmbia, a África do Sul, a Nigéria, a Senegal, a Gana, a Zimbábue, e aos regressados, Líbia, de fora desde 1982, e Guiné-Conacri e Angola, ambas de fora desde 1998.
Na chave A, Egipto e Costa do Marfim avançariam para próxima fase com sete e seis pontos, respectivamente.
Na chave B, Camarões totalizaria nove pontos, já a República Democrática do Congo ficaria com quatro pontos, os mesmo do que Angola, porém, o diferencial de golos viria a favorecer os congoleses.
Na chave C, Guiné-Conacri acabaria com nove pontos, sendo que a Tunísia finalizaria com seis.
Na chave D, Nigéria seria líder com nove pontos, enquanto o Senegal devido à diferença de golos teria vantagem sobre os restantes, Gana e Zimbábue.
Nos quartos de final, os Faraós aplicariam uma goleada por 4-1 sobre os Leopardos, o Senegal triunfaria por 3-2 sobre a Guiné-Conacri, a Costa do Marfim eliminaria os Camarões numa decisão de penáltis alucinante, por 12-11, após o 1-1 no tempo regulamentar, e a Nigéria venceria a Tunísia também nos penáltis, por 6-5, depois do 1-1 no tempo regulamentar.
Nas meias-finais, os homens da casa sairiam por cima diante do Senegal por 2-1, enquanto a Costa do Marfim também obteria uma vitória por 1-0 sobre a Nigéria.
No jogo do terceiro lugar, a Nigéria ganharia ao Senegal por 1-0.
Na final, os Faraós e os Elefantes registariam um nulo no tempo regulamentar. Já no prolongamento, Ahmed Hassan, falharia uma grande penalidade que podia ter dado o triunfo aos Faraós, mas nos penáltis, os egípcios não teriam de ficar frustrados, dado que alcançariam o seu quinto título, depois das conquistas de 1957, 1959, 1986 e 1988, tornando-se na selecção mais vencedora de sempre do CAN.
O artilheiro máximo da prova seria o camaronês, Samuel Eto’o com cinco golos.
O melhor jogador da competição seria Ahmed Hassan, do Egipto.
A equipa do torneio seria formada pelo GR egípcio, Essam El-Hadary, pelos defesas, Wael Goma, compatriota de Hadary, o repetente, dos Camarões, Rigobert Song, o costa-marfinense, e ex-jogador do Arsenal, Emmanuel Eboué, e o ex-jogador do Marselha, o nigeriano, Taye Taiwo. Os médios seriam, o ganês, Stephen Appiah, o melhor jogador da competição, do Egipto, Ahmed Hassan, o guineense, Pascal Feindouno e ainda outro egípcio, Mohamed Aboutrika. Os avançados dispensam apresentações, Samuel Eto’o dos Camarões e Didier Drogba, da Costa do Marfim, e lenda do Chelsea.
A fechar a década de 00’s, dar-se-ia, a 26.ª edição do CAN, seria novamente patrocinado pelo MTN e seria organizado pelo Gana, pela quarta vez, isto porque a competição teria lá ocorrido em 1963, 1978, 2000 e por fim a de 2008 de que falamos.
Os participantes seriam o Gana, na qualidade de anfitrião, a Costa do Marfim, os campeões, Egipto, a Nigéria, a selecção de Angola, os Camarões, o Senegal, a Guiné-Conacri, a Zâmbia, a selecção de Marrocos, a Tunísia, a África do Sul, e os regressados, Namíbia, de fora desde 1998, o Benim, de fora desde 2006, o Mali, de fora desde a edição passada, o Sudão, de fora desde 1976.
No grupo A, Gana totalizaria nove pontos, enquanto a Guiné-Conacri faria quatro.
No grupo B, Costa do Marfim finalizaria com nove pontos, já a Nigéria somente quatro.
No grupo C, o Egipto terminaria com sete mais do que os Camarões que fariam seis.
No grupo D, Tunísia e Angola passariam como primeiro e segundo, respectivamente, separados apenas pela diferença de golos, favorável às Águias de Cartago.
Nos quartos de final, o Gana venceria pela margem mínima à Nigéria, os Camarões bateriam a Tunísia por 3-2 no prolongamento, depois de um empate a 2-2 no tempo regulamentar.
Nos outros duelos, o Egipto superaria Angola por 2-1, e a Costa do Marfim iria golear por 5-0 sobre a Guiné-Conacri.
Já nas meias-finais, as Black Stars perderiam por 0-1 com os Leões Indomáveis, enquanto o Egipto aplicaria uma goleada por 4-1 sobre a Costa do Marfim.
No jogo pelo terceiro lugar, Gana sairia vencedor por 4-2 sobre a Costa do Marfim.
E na final, os egípcios seriam bicampeões ao triunfar por 1-0 sobre os camaroneses.
O artilheiro máximo da prova acabaria por ser outra vez o camaronês, Samuel Eto’o
O melhor jogador da competição seria atribuído a Hosny Abd Rabo, do Egipto.
E o guardião mais valioso seria dado ao repetente, Essam El-Hadary, do Egipto.
Quanto à equipa do CAN, seriam eleitos o GR mais valioso do torneio, do Egipto, o repetente, Essam El-Hadary, na defesa, outro repetente, o compatriota, Wael Gomaa, seguido do camaronês, Geremi, e o ganês, ex-Chelsea, Michael Essien. Os médios seriam, o ex-Inter de Milão, do Gana, Sulley Muntari, o ex-Manchester City, da Costa do Marfim, Yaya Touré, e o ex-Arsenal, Alex Song, o melhor jogador do CAN, Hosny Abd Rabo, do Egipto, o repetente, Mohamed Aboutrika. Os avançados seriam o angolano, ex-Manchester United, Manucho, e Amr Zaki, do Egipto.