E agora, Manchester United?
Desde a saída de Alex Ferguson, já quatro foram os treinadores do Manchester United (além de Giggs, como interino), mas tirando José Mourinho, nenhum dos outros (David Moyes, Louis Van Gaal ou Ole Gunnar Solskjaer) conseguiram trazer grandes alegrias aos Red Devils e o português, trouxe “apenas” uma Liga Europa, um título que fica aquém das ambições e orçamento do clube.
Ao leme de uma das duas únicas equipas da história do futebol a custar um bilião de euros (a outra é o vizinho, Manchester City), a época de Ole Gunnar Solskjaer até parecia ter começado bem, mas a espiral descendente em que entrou no último mês e meio, com 5 derrotas e 1 empate em 9 jogos, sendo as 3 vitórias pela margem mínima, com o West Ham a falhar um penalty no último minuto e Cristiano Ronaldo a resgatar os 3 pontos nos últimos minutos (Villarreal e Atalanta) depois de terem estado a perder.
O United parece sem rumo e sem ideias. Há intenções de jogo, que se notam em alguns processos, como a intenção de jogar a partir de trás, mas não há rotinas e esquemas de jogo que o permitam fazer com eficácia.
Com o lugar de Solskjaer cada vez mais tremido, as casas de apostas esfregam já as mãos com os possíveis novos técnicos do clube. Espreite aqui quem são os cinco favoritos ao lugar:
Zinedine Zidane
Depois de 3 ligas dos campeões consecutivas e 1 La Liga, o regresso de Zidane ao Real esteve longe do sucesso da primeira passagem e foi com naturalidade que saiu para dar a vez a Carlo Ancelotti. Zidane partilha algumas fragilidades táticas com Solskjaer, mas no Real Madrid provou ser um bom gestor de jogadores, o que num plantel com grandes egos, como o Manchester United, se pode revelar muito útil. Há também a relação do francês com Cristiano Ronaldo e Raphael Varane, que facilitará a integração do técnico.
O facto de estar livre e o seu estatuto internacional (quer enquanto técnico, quer enquanto jogador) transformam o francês numa opção que pode agradar aos Glazers (donos do clube) e que encaixa no plano dos americanos para o clube.
Antonio Conte
Talvez o favorito dos adeptos, seria o regresso de Antonio Conte a Inglaterra, depois de ter sido campeão com o Chelsea. Depois do sucesso em Milão, interrompendo o domínio da Juventus ao comando do Inter, Conte pode chegar como um dos mais bem cotados técnicos europeus e a sua ambição de vencer a Liga dos Campeões, pode fazer com que Manchester seja o destino perfeito.
O italiano tem ideias muito próprias, quer a nível táctico, com o seu 3x5x2 ao qual o plantel dos Red Devils teria de se habituar, quer ao nível das contratações, o que levou à degradação das relações entre José Mourinho e os responsáveis de Manchester. É uma escolha que tem tanto para correr bem, como para correr mal.
Mauricio Pochettino
A relação de Poch com o Tottenham era um “match made in Heaven”, tendo funcionado às mil maravilhas durante anos e com ambos a arrependerem-se profundamente de a ter terminado. O técnico parece um peixe fora de água em Paris e o Tottenham, passou de lutar pela Champions a lutar pela Liga Europa (ou pela Conference League). Uma coisa é certa, Pochettino quer voltar a Inglaterra e é um desejo antigo dos responsáveis dos Red Devils, pelo que seria bom para todas as partes envolvidas.
O único problema seria convencer o PSG a abrir mão do técnico, mas com os resultados a não entusiasmar e a possibilidade de contratar Zinedine Zidane para Paris, pode ser que o negócio aconteça.
Brendan Rodgers
Fez um bom trabalho em Liverpool (apesar de ter perdido o título quando a 3 jornadas do fim estava em primeiro lugar, com 5 pontos de vantagem), em Glasgow, com o Celtic e em Leicester. Brendan Rodgers parece pronto para dar o próximo passo na carreira e chegar a um clube com ambições maiores.
Tem (muita) experiência na Premier League e Manchester encontrará um plantel que facilmente pode adaptar às suas ideias de jogo, sendo por isso uma das escolhas mais óbvias, mas não será fácil convencer o Leicester a soltá-lo.
Erik Ten Hag
Depois de transformar o Ajax novamente num peso pesado Europeu, a Eredivisie parece já demasiado pequena para Erik Ten Hag. O seu Ajax é tudo aquilo que o Manchester de Solskjaer não é: organizado, criativo e dominador, mesmo quando o adversário não é inferior. O reencontro com o desaproveitado Van de Beek, seria outro bónus desta contratação.
Mais uma vez, o facto de ter contrato com outro clube, pode afastar os Red Devils do holandês e a sua experiência com Van Gaal, pode fazê-los temer holandeses com sucesso no Ajax, mas seria uma das possibilidades mais interessantes para este Manchester United.