“Starting Five” – Feitos históricos e números vazios

Bem-vindos ao “Starting Five”, o espaço onde todas as semanas procuro dar destaque a cinco coisas positivas que me saltaram à vista – sejam elas mais fundadas na atualidade ou mais em jeito de balanço da época. A meio da “viagem”, vou sempre também dar algum espaço ao resmungão que existe dentro de mim e permitir-me uma pequena crítica antes de regressar ao espírito positivo que desejo para esta rubrica.

Ao longo da passagem de ano, tivemos algumas exibições que nos ajudaram a esquecer a onda contínua de jogadores no estaleiro devido à COVID:

5 – LeBron foi construído num laboratório

Na última semana, os Lakers, que vinham de cinco derrotas consecutivas, começaram a fazer alguma recuperação, vencendo 3 em 4 jogos. Nesses jogos, LeBron apresentou médias de 34.5 pontos, com especial destaque para os 5 em 10 triplos que anda a acertar. Mesmo com um plantel frágil (em parte por sua culpa, deve ser dito), James continua a mostrar uma capacidade sobre-humana de rir na cara do Pai Tempo. Os Lakers continuam uma grande trapalhada de equipa mas, de jogo para jogo, ter LeBron continua a ser um trunfo que muito poucos têm.

4 – The Kids Are Alright

Josh Giddey tornou-se o jogador mais jovem de sempre a alcançar um triplo duplo. Franz Wagner tem-se assumido como uma pérola no draft dos Magic. Evan Mobley ajudou a revitalizar a defesa dos Cavs. Cade Cunningham é um líder natural e Scottie Barnes tornou-se automaticamente essencial para os Raptors. Ao mesmo que nos maravilhamos com a contínua excelência de LeBron James, é importante perceber que o futuro da NBA está muito bem entregue.

Ao mesmo tempo que destacamos estes feitos estatísticos, é importante perceber que estatísticas não são tudo. O que nos leva à minha crítica da semana…

Fim do Banco – O Russell Westbrook continua a não perceber

Questionado sobre os seus problemas exibicionais esta temporada, Russell Westbrook respondeu que as pessoas não podem esperar que ele continue a fazer triplos-duplos todos os jogos. Isso gerou natural frustração junto dos media e até dos fãs dado que… pausa para ênfase… NINGUÉM QUER SABER DISSO, RUSSELL! Não é como se as críticas ao seu jogo fossem vagas. Muitos têm apontado que Russell se preocupa demasiado em caçar stats, o que leva a falhas defensivas por estar à espera do ressalto e falhas ofensivas por segurar demasiado a bola para ter o último passe. Isso e o facto de ele aparentemente ser alérgico a fazer bloqueios para os colegas. Mas o que irrita mais não é tanto os erros que ele comete, mas antes a sua total incapacidade de perceber quais eles são. Um jogador com todo o talento do mundo e tão pouca capacidade de o colocar ao serviço da vitória. Uma pena.

Agora que a minha resmunguice semanal está despachada, voltemos às boas vibrações…

3 – Obrigado, Vucevic

Uma pequena nota extra sobre estatísticas. Quando Vucevic foi confrontado com o facto de ter sido o primeiro a alcançar a estatística de 24 pontos, 17 ressaltos, 6 assistências, 4 blocos e 4 conversões de três pontos, ele respondeu, parafraseando

Isso é bom de ouvir, mas podem-se inventar marcos estatísticos com tudo. 24 pontos é aleatório. 17 pontos é aleatório.

Obrigado, Vucevic.

2 – Parabéns, Becky Hammon

A antiga estrela da WNBA e treinadora-assistente dos San Antonio Spurs assinou um contrato de 5 anos com a equipa da WNBA Las Vegas Aces, tornando-a a treinadora mais bem paga da história da liga. Mais um marco histórico numa carreira recheada de sucessos que, espero, venha a ser culminada com mais uma distinção única – de se tornar a primeira treinadora-mulher na NBA.

1 – DeMar DeRozan faz história

No dia 31 de Dezembro, DeMar DeRozan fez isto

Depois, no dia seguinte, já em 2022, achou por bem fazer isto

Foi a primeira vez que um jogador acertou dois buzzer beater game winners em dias consecutivos na História da NBA. Certas pessoas começam um novo ano com uma enorme dor de cabeça. DeRozan teve outras ideias.