Starting Five – Uma lenda, um vírus e um português na NBA

Bem-vindos ao “Starting Five”, o espaço onde todas as semanas procuro dar destaque a cinco coisas positivas que me saltaram à vista – sejam elas mais fundadas na atualidade ou mais em jeito de balanço da época. A meio da “viagem”, vou sempre também dar algum espaço ao resmungão que existe dentro de mim e permitir-me uma pequena crítica antes de regressar ao espírito positivo que desejo para esta rubrica.

 

Numa semana em que o COVID não permitiu muitas boas notícias, vou fazer o meu melhor para ilustrar o que de melhor aconteceu nesta última semana:

 

5 – Skip Bayless é rejeitado pelo seu amor

Na ânsia de arranjar novas e mais criativas formas de criticar LeBron James, o “jornalista” Skip Bayless decidiu elogiar as mais recentes exibições estelares de Kevin Durant como uma forma de espelhar como James está “acabado”. Vendo isto, Durant lançou um tweet a Skip com a mensagem “I really don’t like u”. E assim ficou destroçado o coração do pobre “jornalista”. Seria triste, se ele não fosse um verme tóxico que representa tudo o que está mais errado no modo como o desporto é coberto hoje em dia. Como é, faz todo o sentido para esta rubrica. Aqui também não gostamos dele.

 

4 – O Anthony Edwards tem de ser protegido

Karl-Anthony Towns foi questionado sobre se Anthony Edwards seria o melhor lançador da equipa. Towns respondeu: “O Ant acredita que é o melhor jogador de baseball, jogador de futebol americano, ski, curling, marcha, corrida”. Edwards complementou com “Tudo o que tenha a palavra “jogador”, eu sou o melhor no mundo. Como não adorar um homem com este nível de talento, confiança e incapacidade de se levar totalmente a sério?

 

Antes de revelar o meu top 3 da semana, vamos olhar um pouco para o vírus que tem voltado a fincar as suas garras.:

 

Fim do Banco – COVID avança pela NBA e os Nets sofrem de karma imediato

Ao longo desta semana, os nossos feeds de Twitter têm sido invadidos por notícias de jogador atrás de jogador a ficarem infectados com COVID ou a terem de ficar em isolamento por terem estado em contacto próximo com casos positivos. Para além da óbvia preocupação pela saúde os jogadores, o facto de alguns jogos estarem a ser adiados tem levantado a preocupação da continuidade da temporada. Em resposta à crescente ausência de jogadores, os Brooklyn Nets decidiram voltar atrás na sua decisão e permitir a Kyrie Irving que jogasse em jogos fora de casa, mesmo sem estar vacinado. Numa demonstração de karma imediato, Kyrie foi diagnosticado com COVID. Termino este segmento com dois desejos sinceros de melhoras: ao Kyrie, para que recupere sem mazelas da COVID, e ao front office dos Nets, para que recuperem a sua espinha dorsal.

 

Agora que a minha resmunguice semanal está despachada, voltemos às boas vibrações:

 

3 – Shai e Devonte’ dão espetáculo

Antes de voltarmos às minhas análises escritas, tiremos um momento para apreciar o maravilhoso absurdo que foi o final deste jogo entre os Thunder e os Pelicans:

 

2 – Mais ninguém habita o universo de Stephen Curry

Em direto da Meca da NBA, o Madison Square Garden, Stephen Curry não precisou de muito tempo para quebrar o recorde de Ray Allen. Mais do que isso, precisou de muito menos jogos, atingindo os 2974 em 789 jogos, menos 511 jogos que os que Ray Allen tinha demorado para atingir o antigo recorde (1300). O jogo parou uns minutos para se celebrar o momento, o mínimo que se poderia fazer para honrar um dos jogadores mais “fora do molde” que a liga já viu. Nunca ninguém lançou tão bem, de tantos os sítios, parado, em movimento, seja em que ocasião for. Mesmo com todas as mudanças na NBA ao nível do volume de triplos, quando a sua carreira acabar, Curry terá definido um recorde quase impossível de apanhar. Tiremos um momento para apreciar uma lenda do desporto.

 

 

1 – Dancem comigo essa Queta

No dia 17 de Dezembro (18 em Portugal, na verdade), virou-se uma nova página no basket português. Durante exatamente 7 minutos e 44 segundos, fez-se história: um jogador português estreou-se na NBA. Neemias Queta, que tinha vindo a jogar na G-League, pelos Stockton Kings, foi chamado para jogar por Sacramento. Foi uma estreia em que deu para ver, mesmo num curto espaço de tempo, algumas das melhores qualidades de Neemias: forte nos ressaltos e imponente a defender, tendo registado um bloco e, por meio segundo, quase outro logo de seguida. Com a equipa dos Kings sem rumo, é de esperar que este seja apenas o primeiro passo para novas e melhores oportunidades de Neemias mostrar o valor. Estaremos cá para festejar cada um deles.

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