Vitória complicada, aos trambolhões, mas justa!

Passaram exatamente 572 dias desde a minha última visita ao Estádio do Sport Lisboa e Benfica. E que dia para regressar!

Jogo Direto Benfica Tondela Liga Bwin Futebol - SL Benfica

É certo, e sabido, que todos os jogos têm duas partes de 45 minutos, mas as deste jogo não poderiam ter sido mais distintas.

Começando pelo início, os adeptos. Eu sei que muitos já foram ao estádio ver os seus clubes, mas eu tive de esperar pelo 8º (!) jogo da época para voltar às bancadas. E que falta fazem os adeptos. Este era um daqueles jogos que de estádio vazio teria tido um desfecho completamente diferente. As bancadas cheias fazem falta, não só aos clubes que vivem muito das receitas de bilheteira, mas também aos jogadores que representam as cores dos clubes que tanto amamos.

O nosso “mestre da tática” entra com o Benfica em 4-4-2 pela segunda vez na época (a primeira foi na vitória 2-0 frente ao Arouca, também na Luz) e com algumas (e previsíveis) poupanças. Se nós, adeptos, queríamos a melhor equipa em campo, ainda para mais o vem aí uma pausa para seleções, certo é que o desgaste do jogo de Eindhoven se podia fazer sentir (e fez em alguns dos que voltaram a jogar, como Grimaldo).

Era importante para o Benfica controlar o jogo e poupar as pernas de alguns jogadores que poderiam estar mais desgastados, e assim foi. Embora num ritmo lento e sem grande perigo na zona de ataque, o jogo foi quase todo controlado pelo Benfica.

No primeiro remate do Tondela à baliza… Golo. Salvador Agra, o tal que assinou pelo Benfica e ainda antes de se estrear teve ordem de marcha.

Salvador Agra após o Benfica-Tondela: ″Um dia vamos ser nós felizes no último minuto″

Ok, se fosse FM (Football Manager) tinhamos salvo o jogo antes, e neste momento desligávamos e voltávamos a ligar antes do jogo começar.

Vamos em frente. Soualiho Meïté voltou a ter oportunidade no onze no lugar de Weigl (que tem sido um dos melhores do Benfica esta época) e embora alguns pormenores físicos (parece um armário, no bom sentido da palavra) nada acrescentou ao jogo.
O meio campo do Benfica continuava a ter muita bola, o nosso (sim, agora é nosso) João Mário voltou a ser o motor da equipa (embora hoje parecesse estar a trabalhar a gasóleo).

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0-1 ao intervalo.

Na segunda parte Jorge Jesus opera 3 alterações e manda para dentro de campo a mota Rafa, o rei Julian (Weigl) e o patinho feio Gilberto. E o jogo não podia ser mais diferente. Mais intensidade, mais luta, mais querer, com muita ajuda vinda das bancadas é certo (não sei se já disse, mas que falta faziam estes adeptos!). Mas foi preciso esperar até ao minuto 71 para ver (quem mais poderia ser?) o pequeno Rafa (a meias com Vertonghen, ao estilo remate Oliver Tsubasa) a fazer o seu 3º golo na temporada.

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Como rebentaram as bancadas!

E se rebentaram com este golo, aos 88 (ochenta y ocho) já depois de alguns adeptos abandonarem as bancadas entre os 82 e 83 minutos (que espero que tenham desconto por sair mais cedo, porque é uma coisa que não entendo porque fazem), o “patinho feio” recebeu influência divina do seu compatriota Romário e desferiu um “bico” que levou a bola até ao fundo das redes para o 2-1 final.

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Quem diria, o Gilberto foi o melhor em campo. Venham daí aqueles que agora dizem que “sempre disseram que o Gilberto ia ser craque”. Na minha opinião continua a ser pouco para uma equipa que teve laterais direitos como o Nelson Semedo ou o João Cancelo (embora este segundo pouco tenha jogado), mas o que é certo é que tem cumprido e é, sem dúvida, o melhor lateral direito do plantel neste momento.

Segue-se uma pausa para seleções onde vamos aproveitar para insultar o Fernando Santos e as suas invenções, mas o Benfica sai deste ciclo de 8 jogos em 25 dias com um salto extremamente positivo de 7 vitórias e 1 empate (que para mim, como disse anteriormente, soube a vitória, e quem disser o contrário, está a mentir).

Aguardemos também o que os últimos dias de mercado de transferências nos vão trazer (ou não). Fala-se em Valentino Lázaro, embora não me pareça necessário trazer mais um jogador para a lateral direita (embora seja um extremo adaptado), André Gomes ou David Luiz, que, embora respeite o seu “benfiquismo” (se é que os jogadores de futebol ainda têm capacidade de amar um clube) também não me parece que acrescente nada a um plantel que tem Lucas Veríssimo, Nico Otamendi, Morato (sim, em terceiro lugar na hierarquia), Vertonghen e até Ferro (#tazondeFerro?).

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