Starting Five – A morte antecipada do poste

Bem-vindos ao “Starting Five”, o espaço onde todas as semanas procuro dar destaque a cinco coisas positivas que me saltaram à vista – sejam elas mais fundadas na atualidade ou mais em jeito de balanço da época. A meio da “viagem”, vou sempre também dar algum espaço ao resmungão que existe dentro de mim e permitir-me uma pequena crítica antes de regressar ao espírito positivo que desejo para esta rubrica.

 

Esta semana fez-nos considerar algumas verdades irrefutáveis

 

5 – Tracy McGrady contra a “ring culture”

Tracy McGrady, numa entrevista num podcast, insurgiu-se – e bem – contra a obsessão que tantos fãs e até vários membros dos media têm com usar o número de anéis de campeão conquistados para avaliar o valor de cada jogador. Ignorando por completo o contexto das suas equipas, da área em que jogaram ou até pura e simples sorte. Duas das queixas mais frequentes dos fãs quanto à NBA moderna é a constituição de “super teams” ou as equipas que jogam de propósito para perder porque “chegar aos playoffs para perder na primeira ronda não tem qualquer valor”. Isso só acontece por causa da obsessão com a “ring culture”. A culpa é vossa.

 

4 – Steph Curry lembra a todos o que é capaz

Depois de ultrapassar o recorde de triplos, Steph Curry tem tido uma sequência de jogos menos conseguidos, com percentagens de lançamento que o fazem assemelhar-se ao comum mortal. O buzz para a sua candidatura a um terceiro MVP quase desapareceu. E depois ele faz isto e a malta lembrou-se porque nunca devemos subestimar uma lenda

 

Uma pequena pausa nas festividades para vasculhar no fundo do barril da NBA

 

Fim do Banco – Grayson Allen nunca vai mudar

Com Alex Caruso já no seu movimento ascendente ao cesto, Grayson Allen achou por bem que não bastava bater-lhe no ar e decidiu fazê-lo mais duas vezes. O resultado? Suspensão de um jogo para Allen e um pulso partido para Caruso.

Logo saíram das suas tocas esses indignados a dizer que somos todos uns exagerados e que não devemos julgar um homem por uma jogada.

Ok, duas ou três. Não estaremos a ser demasiado julg…

Oh.

 

Agora que a minha resmunguice semanal está despachada, voltemos às boas vibrações

 

3 – Erik Spoelstra é um treinador absurdo

Sem muitos darem por isso, os Miami Heat ascenderam ao 2º lugar na Conferência Este. Têm o 3º melhor ataque em toda a liga e a 8ª melhor defesa. E estão a consegui-lo numa temporada em que Jimmy Butler falhou 18 em 46 jogos e Bam Adebayo esteve no estaleiro durante 25 partidas. Entre múltiplas outras lesões. Nenhuma equipa personifica “next man up” mais do que estes Heat. Ano após ano, Erik Spoelstra mostra que é um dos melhores treinadores em toda a liga. Com ele ao leme, os homens de Miami serão sempre candidatos aos mais altos voos.

 

2 – Westbrook afunda as suas frustrações

Poucos jogadores têm sido mais criticados esta temporada do que Russell Westbrook – incluindo pelos fãs da sua própria equipa. Para ser totalmente sincero, este que vos escreve é um dos principais cépticos quanto à capacidade de Westbrook de jogar basket que leva a vitórias. Dito isso, não sou um robot. E não consigo deixar de sorrir de orelha a orelha quando o vejo a fazer coisas destas

 

 

1 – A era dos postes dominadores acabou. Bem-vindos à era dos postes dominadores.

No dia 20 de Janeiro, Ivica Zubac alcançou um career high de 32 pontos. Mo Bamba igualou-o com 32 pontos também. Jokic terminou a noite com um triplo duplo de 49 pontos, 14 ressaltos e 10 assistências. E Joel Embiid amealhou 50 pontos em 27 minutos. O que vale é que, segundo muitos antigos jogadores, a NBA já não tem postes dominadores. Imaginem se tivesse…

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