Starting Five – Mascotes, fascistas e estrelas em ascensão

Bem-vindos ao Starting Five, o espaço onde todas as semanas procuro dar destaque a cinco coisas positivas que me saltaram à vista – sejam elas mais fundadas na atualidade ou mais em jeito de balanço da época. A meio da “viagem”, vou sempre também dar algum espaço ao resmungão que existe dentro de mim e permitir-me uma pequena crítica antes de regressar ao espírito positivo que desejo para esta rubrica.

 

A NBA tem tido muitos momentos memoráveis, tanto dentro como fora de campo.

 

5 – Kyle Kuzma com o “Rei” na barriga

Kyle Kuzma tem estado numa forma incrível – tanto pela sua revitalizada agressividade nas tabelas como pela capacidade de encestar lançamentos decisivos. Mas é fora de campo que tem ascendido ao estatuto de estrela. Primeiro com a falta de filtro ao gozar com o desejo de Daryl Morey de incluir Tobias Harris numa troca que envolva Ben Simmons, como, acima de tudo, pelo comentário recente que fez sobre a sua boa forma, que passo a parafrasear: “Estou-me a sentir como o LeBron ultimamente. Disse aos outros para terem cuidado como falam comigo com a trade deadline a aproximar-se”. Rei.

 

 

4 – Jurassic Park: The Lost Mascot

Quando Devin Booker se preparava para concretizar um lance livre na arena vazia dos Toronto Raptors, isto aconteceu

Estava preparado para escolher esta como a história “má” da semana, mas, em última instância, isto foi tão bizarro que se tornou hilariante. Já o próximo momento é tudo menos divertido.

Vamos agora para o que de verdadeiramente mau aconteceu recentemente

 

Fim do Banco – Jonathan Isaac perdeu toda a vergonha

Eu sou fã dos Orlando Magic. E sou um ser humano. Como tal, envergonhou-me duplamente quando Jonathan Isaac foi o único jogador a não se ajoelhar em solidariedade com o movimento Black Lives Matter, nos jogos na bubble. Do que sabia sobre ele, sabia que era profundamente religioso (“Jesus é a solução, não ajoelhar” foi um dos “brilhantes” argumentos que usou para justificar a sua atitude) e parecia ser, noutras situações, bem intencionado, por isso fiz um esforço para lhe dar o benefício da dúvida e colocar a hipótese de ele simplesmente ser demasiado novo para perceber a dimensão da idiotice que estava a fazer. Meses depois, enquanto recupera de uma lesão, Isaac achou por bem lançar um livro em que volta a tentar justificar a sua falta de solidariedade racial e, também, o facto de não se ter vacinado. Spoiler alert: a razão é Jesus. Ou antes, uma profunda incompreensão dos seus ensinamentos – que até um ateu como eu percebe melhor. Como se isto não fosse suficiente, o livro foi produzido em parceria com o Daily Wire, com a colaboração de Ben Shapiro e Candace Owens. Se não sabem quem eles são, pesquisem “the rise of alt-right fascism in the US” e eles aparecerão rapidamente. Acabou-se o benefício da dúvida. O Jonathan Isaac sabe muito bem o que está a fazer. E eu sei também o que fazer com simpatizantes fascistas: desejar que desapareçam quanto antes deste desporto que tanto adoro.

Agora que a minha resmunguice semanal está despachada, voltemos às boas vibrações.

 

3 – Showtime in LA(Melo)

Como castigo ao facto de os meus Magic pagarem salários a simpatizantes fascistas, dedico esta categoria da minha rubrica a esta belíssima loucura que LaMelo Ball infligiu à minha equipa

 

2 – Stan Van Gundy é o maior

O facto de Dwight Howard não estar na lista dos melhores 75 de sempre é completamente absurdo. Com todos os problemas que eu possa ter com a sua personalidade perpetuamente imatura, o palmarés de Dwight é irrepreensível. E consideravelmente melhor que o de nomes como Anthony Davis ou Damian Lillard, que entraram na lista. Quando questionado sobre essa omissão, Stan Van Gundy disse essencialmente o mesmo. Mesmo considerando que as birras de Dwight Howard foram a principal razão para Van Gundy ter sido despedido como treinador dos Orlando Magic. Não é fácil ser justo para quem em tempo foi injusto para ti. Devíamos todos aspirar a ser um pouco mais como o Stan Van Gundy.

 

1 – A ascensão de Ja

Os Memphis Grizzlies são uma das equipas em melhor forma em toda a liga. Estão a atacar de forma eficiente e a defender de forma aguerrida. Têm um conjunto aparentemente interminável de “role players” que cumprem o seu papel na perfeição. E até um – Desmond Bane – que tem demonstrado algum potencial para o estrelato. Mas, sejamos sinceros, todas as aspirações dos Grizzlies para fazerem algum ruído nos playoffs começam e acabam em Ja Morant. O jovem point guard é um líder carismático, veloz no ataque ao cesto e cada vez melhor, até, no lançamento exterior. E, claro, é capaz de fazer coisas absurdas como esta:

Damn.

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