A união foi reposta
A união foi reposta entre a equipa de futebol e os adeptos. União essa que no ano passado não foi possível devido à situação de pandemia, como todos sabemos.
Mas vamos ao jogo primeiro, uma primeira parte morna onde o Sporting quis mandar no jogo com muita calma e tranquilidade, deu para perceber que sendo o primeiro jogo do campeonato, que primeiro era preciso sentir o toque da bola, o pisar na relva, sentir o público de novo nas bancadas, não fazer nada que prejudicasse um bom inicio de temporada.
Foi pena o Jovane não ter marcado no penalty, tinha sido um à parte que tinha dado uma nota positiva a uma parte, lá está, tão morna. Mas esse penalty deu para perceber que Jovane não estava nos seus dias, na segunda parte deu logo a entender numa jogada ou noutra que acabaria por ser substituido, tendo sido um dos poucos “menos” no Sporting. Se quiser continuar no Sporting e ser titular, terá de fazer muito mais, tenho a impressão de que é um jogador de poucas fases muito boas e de muitas fases fracas, mas posso estar errado, veremos…
A segunda parte foi aquela que fez valer o preço do bilhete, bem, isso e um “pote” de ouro. Já na época transacta tinha pensado o mesmo: “como Pote faz tudo parecer tão fácil”. É um jogador que pode aparecer muito pouco ou raramente durante 90min mas num lance ou noutro, com uma facilidade, um pragmatismo e claro, uma pitada de qualidade acima da média, finaliza quase sempre com golo ou passe para um colega marcar, é incrível. Juntando a isso a união que teve hoje com os adeptos (finalmente!), é possível adivinhar mais uma época só de coisas boas para Pedro Gonçalves.
O resto da equipa foi o que já nos habituou a época passada, Coates o patrão da muralha, Palhinha o apaga-fogos, Matheus Nunes precisa se soltar mais um bocado, em vários lances, podia ter arriscado um passe mais comprido para a desmarcação de um colega mas mastigou muito o jogo hoje pelo passe certo e pelo taticamente “correto”, se se soltar e ganhar confiança, poderá ser um caso sério naquele meio campo. Adán sólido, sem trabalho praticamente nenhum, o que nos leva a falar um pouco do adversário.
Este Vizela, chegou a assustar logo ao inicio do jogo com uma bola colocada dentro da baliza mas em que estava fora de jogo, sendo portanto anulado. Mas de pouco valeu, fiquei com a impressão desde o fim da primeira parte de que este Vizela iria e irá (caso não me engane) sofrer bastante nesta primeira divisão portuguesa. É uma equipa que tem a sua (possível) força na parte tática mas que, no fim de contas, é muito pouco para conseguir um lugar de manutenção no final da época. Se conseguir a manutenção, ficarei surpreendido, confesso.
Resumindo, foi óptimo voltar a sentir a energia no estádio, a união foi reposta entre jogadores e massa adepta e no fim, o campeão acabou por mostrar o que vale e que lhe deu o titulo na época transacta e esperamos que assim continue, esta união, esta festa desportiva, este amor maior…