Exibição em ritmo de treino dos Bucs faz Eagles voarem para fora do Wild Card
Os campeões em título entraram com o pé direito nos playoffs ao derrotar sem apelo nem agravo, os Philadelphia Eagles por 31-15, no Raymond James Stadium.
Também referir, e em virtude do alargamento de equipas na postseason, que pela primeira vez assistimos à entrada nesta fase da prova de uma equipa colocada na 7ª seed, no caso a turma de Philly.
Quanto ao encontro, cedo se percebeu que Tampa iria dominar a partida a seu bel prazer, já que os Eagles a partir do momento em que ficaram privados do jogo de corrida, foram uma presa demasiado tenrinha para uns Buccaneers esfomeados!
DESTAQUES DOS TAMPA BAY BUCCANEERS
Ofensivamente acabou por ser uma tarde típica do ataque dos Bucs.
Rapidamente colocaram-se em vantagem no marcador (run de 31-0), para depois, gerirem o resultado de cadeirinha.
Gio Bernard e Keshawn Vaughn, numa fase inicial assumiram as despesas ofensivas, cada um marcando os dois touchdowns iniciais da partida.
Já, Tom Brady, teve um dia como tantos outros. Sobriedade, eficiência, e eficácia foram as palavras de ordem.
No início do segundo período, TB#12 já tinha distribuído a bola entre 8 receivers diferentes.
Apesar das lesões, opções válidas no leque ofensivo de Tampa, parecem não faltar.
O velhote terminou o dia com:
271 jardas de passe
29 em 37
2 touchdowns e 0 int’s.
Possivelmente se todo ataque não tivesse descansado no terceiro período, muito provavelmente os números seriam outros.
No entanto, o MVP do embate acaba por ser Mike Evans.
10 targets, 9 recepções, 117 jardas e 1 touchdown, com direito a cambalhota e tudo, a querer mostrar que a sua melhor versão chegou na hora do mata-mata.
Defensivamente, a lição também estava bem estudada.
Para travar o jogo de corrida das águias, Todd Bowles atirou com tudo o que pôde a Jalen Hurts.
Pressão, pressão e mais pressão, ou seja, o habitual.
O uso e abuso dos blitz a envolver os defensive backs foi evidente.
Winfield, Whitehead, e Mike Edwards estiveram particularmente ativos e ajudaram a secar o jogo de corrida bem como no ataque ao quarterback contrário.
Para fechar, diria que um dos pontos altos da exibição da unidade defensiva, foi a espetacular intercepção de Shaquil Barrett, que foi ao terceiro andar roubar a bola lançada pelo ex quarterback de Alabama/Oklahoma.
Mas nem tudo foram rosas para Tampa.
Nunca é uma boa hora para o aparecimento lesões, mas esta do Tristan Wirfs surgiu numa altura particularmente má (já agora não pareceu uma boa ideia fazer o ex-Iowa regressar manco ao relvado).
Primeiro a defesa Philadelphia aproveitou a sua ausência para inquietar Brady (Ryan Kerrigan, tirou a barriga de misérias).
Segundo, o próximo adversário dos Buccaneers, são nem mais nem menos, que os LA Rams de… Aaron Donald.
O atual defensive player of the year. A ver vamos se o first team all pro tackle regressa na segunda ronda.
Outra situação preocupante, é este tirar o pé, na segunda parte dos homens de Bruce Arians.
O score estava 31-0 e de repente Philadelphia passou a estar a apenas a duas posses de bola de distância.
O resultado final não estava em perigo, ainda assim BA repreendeu principalmente a sua unidade defensiva por essa situação.
DESTAQUES DOS PHILADELPHIA EAGLES
Começo por dar os parabéns à turma da Pensilvânia pela presença no Wild Card.
No inicio de temporada, não esperaria que chegassem tão longe.
Para isso, contribuiu uma série interessante de 7 vitórias nos últimos 10 jogos da fase regular.
Chegados à fase eliminar, e tendo em conta o seu adversário, naturalmente as hipóteses de passagem eram quase nulas.
Tudo correu mal aos Philadelphia Eagles.
Nick Sirianni, ofensivamente apostou todas as suas fichas na principal força da sua equipa. O jogo de corrida.
Como a coisa não se deu, ficou-se por ali.
O treinador dos Eagles deixou o plano B em Philly.
Defensivamente o buraco de 31 pontos em 3 períodos não deixa muitas margens para dúvidas do que foi um pouco da prestação defensiva dos Eagles.
O touchdown que valeu o 24-0 aos Bucs, em que Gronkowski estava na end zone sozinho, isolado e sem ninguém, nem merece comentários.
Quanto as special teams mais precisamente Jalen Reagor, as suas mãos de manteiga voltaram a fazer estragos.
Num mau punt de Bradley Pinion, Reagor não consegue segurar a bola (grande jogada de Scotty Miller), deixando a bola à mercê de Cockrell, devolvendo a posse a TB.
Como um mal nunca vêm só, na drive seguinte foram penalizados com um touchdown da equipa da casa.
Apesar de todo o dinamismo mostrado no jogo de corrida por Jalen Hurts durante toda a temporada, as rotas aéreas de longa duração necessitam de muitos e necessários ajustes.
Um exemplo disso foi um overthrow, no final do terceiro período, quando Quez Watkins tinha via verde para um potencial touchdown. Exibição para esquecer!
Quanto ao futuro da organização, as três escolhas de primeira ronda e cap space disponível, prometem animar a off-season das aves de rapina.