Frustração para a Guiné-Bissau e para o Egipto de Queiroz

No terceiro dia do CAN, a realizar nos Camarões, a tarde ficou marcada por três embates, só a Nigéria triunfou por 1-0, frente ao Egipto de Carlos Queiroz, os restantes duelos resultaram em nulos, incluindo a partida da Guiné Bissau diante do Sudão.

A Argélia entrava como favorita no Grupo E, tendo a alinhar jogadores bem conhecidos dos portugueses, como o Ex-Porto, Brahimi, e o Ex-Sporting, Slimani.

Pela frente tinha, a selecção da Serra Leoa, que chegou de barco, depois de uma viagem de 2,659 km, tendo decidido poupar o dinheiro de uma deslocação aérea por considerar que se deve dar prioridade aos mais necessitados no seu país.

E dado o exemplo fora das 4 linhas, a formação que ia com menos créditos, viria a dar uma lição de entreajuda, organização, garra e até de boas movimentações causando uma agradável surpresa dentro do terreno frente aos argelinos.

A grande sensação, contudo, não foram jogadores da linha atacante, muito menos do meio-campo, ou sequer os defesas, mas sim um jovem guarda-redes, de seu nome, Mohamed Kamara, que alinha nos East End Lions, um dos maiores clubes da Serra Leoa, e que tem como o rival, o Mighty Blackpool.

Aos 22 anos, Kamara, defendeu tudo o que pôde, foram 7 defesas no total, e que lhe valeram o prémio de melhor jogador do encontro, tendo impedido os atacantes da Argélia de facturar na sua baliza.
Por sua vez, as Raposas do Deserto, desiludiram ao não terem justificado o favoritismo antes da entrada para a partida.

O empate a 0-0 foi uma recompensa ajustada, tendo em conta aquilo que os serra-leoneses produziram em campo.

No confronto de titãs, a Nigéria foi muito superior ao Egipto de Carlos Queiroz, que não teve pernas para a velocidade de Moses Simon, e a qualidade do avançado do Leicester, Kelechi Iheanacho, foi dele o único tento, e que tento, um remate à meia-volta.
O Egipto também nunca soube imprimir o seu estilo de jogo, acabando por ser completamente dominado pela organização posicional do conjunto adversário, e pela capacidade de antecipação dos defesas dos Super Eagles.
A Nigéria podia ter saído do embate com um resultado mais volumoso, ou não fosse a falta de eficácia em alguns momentos de perigo.

Por fim, os adeptos da Guiné-Bissau deverão estar a pensar neste momento como é que não ganharam a partida frente ao Sudão, quando tiveram por cima do encontro quase sempre, tirando num ou noutro momento.

Os Guineenses viram Joseph Mendes enviar uma bola ao poste num livre indirecto de Moreto Cassamá.

Viram Pelé falhar uma grande penalidade, e a recarga de Piqueti embater na trave.

E mais tarde, tiveram outra chance que foi bloqueada por um defensor sudanês, já sem o guarda-redes pela frente.

Quem acabou por ficar satisfeito com este resultado, foi a formação do Sudão, que não fez para ganhar, e além de recorrer várias vezes à falta com entradas duras, abdicou de atacar para se focar somente em lances escolhidos a dedo ao tentar sair para o contra-ataque.
A maior ocasião de perigo que tiveram foi um remate de média distância na primeira parte por intermédio de Mohamed Abdelrahman, mas Maurice Gomis negou o golo.

Com este resultado, a Guiné-Bissau e o Sudão têm os mesmos pontos,1, enquanto o Egipto está na última posição com 0, e a Nigéria lidera isolada com 3.

No próximo jogo, a formação dos Djurtus vai enfrentar os Faraós, enquanto a Nigéria terá pela frente o Sudão.

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