A Guiné Equatorial fez história no passado domingo frente à Argélia, ao ganhar por 1-0, e por fim à série invencibilidade de 35 jogos, no compromisso do grupo E, no CAN, a realizar nos Camarões.
Os actuais campeões vinham de um empate contra a Serra Leoa, e necessitavam de recuperar os índices de confiança diante de um adversário teoricamente mais acessível. Mas tal não sucedeu, porque Obiang Obono tinha outras ideias em mente, o jogador guineense sentenciou o encontro com um golo na segunda parte aos 70 minutos.
A Argélia teve mais bola durante a partida, mas não soube criar lances de perigo para à baliza contraria, e enquanto lutava para restabelecer a igualdade ou dar a volta ao marcador, viria tudo ruir ao ficar a saber que as esperanças de se tornar na selecção que tinha tido a chance para ultrapassar a Itália, como detentor máximo, 37 jogos sem perder, não seria mais possível.
Por sua vez, a selecção guineense provocou o maior choque do torneio. Uma equipa mais compacta, organizada e com processos de jogo mais objectivos e pragmáticos bateu outra equipa que aparenta estar abatida e com um estilo de futebol a que os adeptos argelinos não estão mais habituados.
Os argelinos estavam desde 2018 sem registar um único desaire. E agora estão obrigados a ganhar à Costa do Marfim na próxima jornada.
A Costa do Marfim que empatou com a Serra Leoa, noutra das surpresas do dia. Um erro de cálculo por parte do guardião marfinense, Badra Ali Sangaré deitou tudo a perder e permitiu que o conjunto dos serra-leoneses chegassem ao empate em cima do apito para o fim do jogo, com um golo anotado por Alhaji Kamara aos 93.
Já os outros tentos do duelo foram marcados pelo jogador que alinha no Ajax, Sébastien Haller, aos 25 minutos, pelo jogador da Serra Leoa, Musa Noah Kamara aos 55 minutos e por Nicolas Pépé, 10 minutos depois.
Os Costa-Marfinenses mostraram-se a grande nível com muita velocidade e combinações atacantes resultando em perigo, mas um erro deitou tudo por água abaixo. E para uma selecção que não atingia esta fase há 26 anos, empatar com duas potências como a Costa do Marfim e Argélia é um feito heroico. E não só, mais importante, mantêm o sonho da possibilidade de passarem à fase seguinte.
E por falar em sensações, depois da Guiné-Equatorial e da Serra Leoa, segue-se a Gâmbia que bateu o pé ao Mali e manteve-se na primeira posição do grupo F, ao empatar a 1-1 com o Mali.
Os golos dos dois conjuntos surgiram na sequência de duas grandes penalidades, primeiro para Ibrahim Koné, aos 79 minutos, e que voltou a marcar, já o tinha feito na partida anterior, também de grande penalidade.
E depois para a Gambia que após muito procurar atacar, tendo até atingido uma bola ao poste e outra na barra com livres directos, fez o tento da igualdade por Mussa Barrow ao cair do pano.
Por fim, a Tunísia não teve qualquer dificuldade para golear o conjunto da Mauritânia por 4-0.
Com oito minutos transcorridos do encontro, nesse momento os tunisinos lideravam por 2-0 com golo de Wahbi Khazri, que mais tarde viria a marcar outro, e Hamza Mathlouthi. Os dois tentos que puseram fim à campanha dos mauritanos vieram ao minuto 64 e 66.
Com este resultado fica tudo em aberto para decidir na última jornada, sendo que a Gâmbia irá enfrentar a Tunísia, e a Mauritânia vai-se despedir contra o Mali.