Primeiros dias de Aussie, o manual

Sem Djokovic mas com Kecmanovic, porque nem todos os sérvios cheiram mal, do lado deles.

Osaka e Raducanu já fora da corrida, do lado delas.

 

Tem sido um Happy Slam onde… se grita não “Sí” mas “SIU” nas bancadas, vá-se lá saber porquê. Que os Australianos, entrevistadores Americanos, toda a malta que acompanhe e escreve sobre ténis teima em… não perguntar ao Rafa ou a outro tenista Espanhol o que quer dizer.

 

Até porque ele não sabe. O grito é “Sí”. Não tem nada a ver com ténis. E tem-se feito ouvir (e de que maneira) durante vários jogos das primeiras rondas do Aussie.

 

PRIMEIRAS RONDAS, ELES

Já só há restam dois tenistas da casa, o wild card Chris O’Connell (que já despachou Diego Schwartzmann, numa das surpresas da semana) e o secante Alex de Minaur, que só sabe correr e pouco mais. Ambos tentarão levar a bandeira Australiana bem alto, embora as hipóteses de quartos, para qualquer um deles, sejam complicadas: De Minaur enfrenta Andujar, Chris O’Connell um dos tenistas Norte-Americanos em melhor forma actualmente, Maxime Cressy.

Deixaremos aqui os highlights da Eurosport, porque os da página de YT oficial do torneio são anormalmente gigantes (são, aliás, os melhores de todos os torneios, quase 10 minutos de resumo, na tua cara Wimbledon):

 

Um dos Australianos, que esteve meses a fio sem jogar, deu trabalho a Medvedev, que soma e segue nos courts de Melbourne. Este jogo merece o resumo oficial da página

e teve um Daniil no seu melhor, logo após a partida

 

Nada de novo aqui, resultado esperado, excelente esforço de Kyrgios, aqui e ali com uns pontos surpreendemente… cavados, esforçados. Tivesse ele metade do empenho que ontem revelou durante mais alguns meses da temporada e poderia voltar a subir no ranking.

Outro conto de fadas que acabou foi o de Andy Murray. O Escocês, que vinha de um início de época fabuloso, fez as malas em três sets contra o experiente Taro Daniel. Ainda assim, excelente amostra de talento e esforço de um tenista com meia anca. Boa, Murray. Queremos mais.

 

No resto, nada de muito espectacular. Nadal tem revelado uma forma anormal tendo em conta o seu tempo de paragem e segue tranquilo pelo seu quadro, esperando um Mannarino que finalizou Aslan Karatsev (o Russo já tinha horas e horas de jogos nas pernas, o que se lamenta, pois o match up Karatsev vs Nadal seria certamente explosivo).

 

Da chamada Now Gen, nem vê-la… Alcaraz errou muito frente a Matteo Berrettini, mesmo após remuntada de sonho, e despede-se após a terceira ronda; Korda despediu-se em quatro partidas frente a Carreno Busta (este desfecho um pouco mais expectável) e… surpresas, de resto, nem vê-las: os Canadianos Aliassime e Shapovalov seguem feliz caminhada após recente vitória na ATP Cup e vão medir forças contra Dan Evans e Sasha Zverev, respectivamente (que jogaço que pode ser este Shapo v Zverev); Rublev defronta Cilic, num jogo que também promete; e Medvedev jogará contra um dos mais talentosos Holandeses de que há memória, mesmo que tenha nome de sabonete esquisito, Botic van de Zandschulp. Este match up merece, certamente, un certain regard.

Por falar Francês, que dizer de Benoit Paire, que normalmente só se passeia pelos Grand Slams para coleccionar umas centenas de milhares de EURs pagos após segundas-rondas e logo regressa à sua maison? No Aussie há, neste momento, dois veteranos Franceses que jogam sem nada a perder que podem ser perigosos, qualquer que seja o adversário: falamos, pois claro, de Paire (o BFF das raquetes) e de Gael Monfils, o wonderkid de… há 15 anos atrás. O D está cá com um feeling que talvez este (sabemos lá porquê, mas tem jogado bem o moleque!) seja o torneio dele. Ou não?…

 

PRIMEIRAS RONDAS, ELAS

Anisimova, uma das Norte-Americanas da next gen (dá para tropeçar nelas, hoje em dia… Amanda Anisimova, natural de New Jersey, que até dá uns ares e toques de Kournikova), já causou uma das surpresas da semana, ao destronar, após match points down, a campeã em título Naomi Osaka

sendo que, uns dias antes, Emma Raducanu, campeã do US Open, fez as malas mais cedo graças à Montenegrina (a Sérvia tem bons jogadores… podem deixar Montenegro em paz, por favor?!) Danka Kovinic

É bom lembrar que Raducanu tem apenas 19 anos. Que também esteve uns meses sem jogar… enfim, melhores ventos soprarão para a Inglesa.

As duas finalistas do US Open, aliás, já estão em casa a ver os resumos do canal de YT do Happy Slam. Leylah Fernandez também não teve argumentos para tourear a simpática local Maddison Inglis, que continua a surpreender em Melbourne.

No mais, nada de espectacular na metade superior do quadro feminino. Ash Barty vai jogar contra Anisimova, Maria Sakkari defronta Jessica Pengula, Krejcikova encontra a veterana Azarenka, Madison Keys não terá vida fácil frente à Espanhola Paula Badosa e na metade inferior do quadro aguardam-se os destinos de Mertens, Zhang, Halep, Swiatek, Pavlyuchenkova, a cabeça de série #2 Aryna Sabalenka, entre outras.

 

Querem vídeos de melhores pancadas? Não temos. Temos este, não sabemos se serve…

 

Pronto, tomem lá

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